A "996 bet" tem se tornado uma expressão cada vez mais frequente no vocabulário das empresas e trabalhadores brasileiros em 2025, referindo-se ao polêmico modelo de trabalho 996 que foi popularizado na China ao longo da última década. O termo 996 originalmente diz respeito a uma cultura de trabalho de 9h às 21h, seis dias por semana, algo que agora é incorporado em estratégias comerciais como um símbolo de dedicação extrema em setores altamente competitivos.

Nos últimos anos, o debate sobre este modelo ganhou força na medida em que as empresas buscam maior produtividade em um mundo pós-pandemia ainda em recuperação econômica. A "996 bet", ou aposta 996, é utilizada para descrever a tentativa de negócios de alta tecnologia e startups em replicar essa ética de trabalho intensa, na esperança de colher frutos a longo prazo. Mesmo com os alertas de esgotamento e os riscos à saúde mental dos colaboradores, algumas organizações veem essa abordagem como um meio necessário para atingir suas metas ambiciosas.

No entanto, muitos trabalhadores questionam se os benefícios prometidos são verdadeiramente alcançáveis. Relatórios recentes indicam que a adesão a este sistema pode resultar em altos índices de rotatividade e aumento dos casos relacionados a stress e burnout. Apesar disso, empresários argumentam que a "996 bet" é um reflexo dos tempos modernos, onde a adaptabilidade e a competitividade são valorizadas acima de tudo.

Especialistas trabalham para encontrar um equilíbrio sustentável, recomendando a implementação de políticas que promovam a saúde mental e proporcionem descansos adequados aos colaboradores. O governo também se insere nesse diálogo, revisando legislação trabalhista que contemple proteção adequada sem sufocar o crescimento empresarial.

À medida que a "996 bet" se enraíza no Brasil, as dinâmicas do mercado de trabalho prometem continuar a evoluir, suscitando um debate contínuo sobre os limites do trabalho, os direitos dos trabalhadores e como definir o sucesso empresarial em tempos desafiadores.