
Exploramos como a prática 996 está moldando a cultura empresarial global e os desafios enfrentados pelos trabalhadores.
Nos últimos anos, a prática do '996', que se refere ao regime de trabalho das 9 horas da manhã até as 9 horas da noite, seis dias por semana, tornou-se um tema central nas discussões sobre condições de trabalho, especialmente em empresas de tecnologia e startups. Com raízes na China, essa filosofia de trabalho se espalhou globalmente, instigando polêmica e debates éticos sobre o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Em 2025, a tendência 996 continua a influenciar a cultura empresarial, particularmente em economias emergentes que buscam rápida inovação e crescimento. No entanto, esta prática também traz diversos desafios, incluindo exaustão dos funcionários, aumento de doenças relacionadas ao estresse e baixa retenção de talentos. Empresas estão sendo pressionadas a reconsiderar suas políticas de trabalho enquanto enfrentam críticas de sindicatos e reguladores governamentais por conta de práticas de trabalho exaustivas.
Recentemente, grandes corporações têm adotado uma postura mais equilibrada, optando por políticas que incentivam o '996 light', que mantém longas horas de trabalho, mas permite maior flexibilidade, como dias de trabalho remoto e pausas mais longas. Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer para encontrar um modelo sustentável que atenda às demandas de produtividade sem sacrificar o bem-estar dos empregados.
Os debates sobre o 996 também trouxeram à tona questões ligadas a práticas de compensação justa e a reconceituação do sucesso empresarial. Muitas startups que anteriormente abraçavam fervorosamente a filosofia têm agora adotado modelos mais centrados no ser humano, incentivando a inovação por meio de programas de bem-estar e desenvolvimento pessoal.
Olhando para o futuro, as pressões da globalização e as exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo ainda fazem do 996 uma realidade em várias regiões. Contudo, movimentos por parte dos trabalhadores, combinados com avanços em tecnologia para o trabalho, estão pavimentando o caminho para modelos de negócios mais equilibrados e sustentáveis, que possam beneficiar não apenas as empresas, mas também seus funcionários e a sociedade em geral. Com estas dinâmicas em andamento, a contínua avaliação e reavaliação das práticas de trabalho são inquestionavelmente necessárias.




